Uma ilha - parque ecológica no complexo lagunar da Barra e de Jacarepaguá, e com um detalhe: formada com sedimentos que serão retirados do fundo das próprias lagoas da região. Inédita no país, a iniciativa integra o Projeto de Recuperação Ambiental do Sistema Lagunar da Barra, Recreio e Jacarepaguá.
O projeto – que faz parte do Caderno de Encargos das Olimpíadas de 2016 – tem como objetivo a dragagem das assoreadas lagoas da região, com sua revitalização ambiental.
A pequena ilha a ser transformada em parque já existe e está situada entre as lagoas do Camorim e da Tijuca, e será encorpada e ampliada com o material resultante da dragagem para, posteriormente, ser transformada em uma ilha - parque - ecológica.
Parte dos sedimentos dragados do fundo das lagoas da região será acondicionada em geobags, mesmo material utilizado para colocar o lodo poluído retirado do Canal do Fundão, outra importante obra da Secretaria de Estado do Ambiente. Esses geobags serão dispostos sobre a ilha, com extensão sobre área já assoreada.
Os geobags serão então cobertos por camadas de terra e argila, formando uma ilha - parque, com árvore s, trilhas, um centro de visitação, áreas de lazer e atividades de educação ambiental e de ecoturismo.
O Governo do Estado já investiu R$ 600 milhões, do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental), em Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no emissário submarino de 5 km e em 14 elevatórias – já tendo saneado mais da metade do total previsto.
Estão assegurados mais R$ 650 milhões, do Fecam, para concluir até 2014 o saneamento da região Recreio/Barra/Jacarepaguá. A cargo da Cedae, as intervenções abrangem, entre outras iniciativas, a continuação da implantação de redes de esgotamento sanitário e de troncos coletores e a construção de novas elevatórias.
Em complemento a essas ações de saneamento realizadas ou por serem concluídas, o Governo do Estado es tá pleiteando recursos junto ao Ministério das Cidades para implementar o projeto de dragagem e de recuperação ambiental das lagoas da região, orçado em R$ 550 milhões.
O projeto de recuperação ambiental desse sistema lagunar inclui a dragagem de aproximadamente 5,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos poluídos do fundo das lagoas, desde a entrada do Canal da Joatinga até as lagoas de Marapendi, Tijuca, Camorim e Jacarepaguá. O projeto prevê ainda o prolongamento do Quebra - Mar em 180 metros, na desembocadura do Canal da Joatinga, onde será construído um restaurante panorâmico.
Parte dos sedimentos dragados do fundo das lagoas da região será acondicionada em geobags, mesmo material utilizado para colocar o lodo poluído retirado do Canal do Fundão, outra importante obra da Secretaria de Estado do Ambiente.
Os geobags serão então cobertos por camadas de terra e argila, formando uma ilha - parque, de 444.660 metros quadrados, que contará com árvores, trilhas, um centro de visitação, áreas de lazer e atividades de educação ambiental e de ecoturismo.
Em paralelo à dragagem das lagoas da região, a Prefeitura do Rio vai construir estações de tratamento de rios (ETRs) na desembocadura do Rio Arroio Pavuna, junto à Lagoa de Jacarepaguá, com capacidade para trata r 1.000 litros de esgoto por segundo; em Rio das Pedras, que vai tratar 330 l/s de esgoto; no Canal Pavuninha (próximo ao autódromo, em Jacarepaguá), para tratar 330l/s de esgoto; e no Canal do Anil, para o tratamento de 1.000 l/s de esgoto. As três últimas ETRs ficarão junto a desembocadura desses corpos hídricos na Lagoa da Tijuca.
O projeto da prefeitura incluiu a finalização da ETR do Arroio Fundo, já construída pela prefeitura e que trata, atualmente, 1.800 l/s de esgoto.
O saneamento da região de Jacarepaguá é complexo porque ali existem várias comunidades. Diante das dificuldades de se instalar canos de captação de esgoto em muitas localidades, partiu - se para a construção de ETRs na desembocadura de rios e outros corpos hídricos que deságuam em lagoas da região. A Prefeitura também fará a drenagem do entorno da região.
Somada a todas essas obras, a Secretaria de Estado do Ambiente também vem realizando blitze para reprimir condomínios na Barra, Recreio e Jacarepaguá que ainda estão despejando esgoto sem tratamento no complexo lagunar.
As operações foram deflagradas pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais; órgão da SEA) em março de 2011, sendo realizadas com a Cedae, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), o Batalhão de Polícia Florestal e agentes Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Vários condomínios residenciais e edifícios comerciais foram multados por não se conectar à rede da Cedae e, assim, poluir corpos hídricos. Ao se conectar, o esgoto é levado para tratamento e, posteriormente, despejo em alto mar, através de emissário submarino.
Segundo levantamento da Cedae, cerca de 80% dos condomínios da Barra já contam com rede de esgoto em sua porta, sendo obrigados a se conectar. No Recreio, 70% já têm rede para se conectar. Em Jacarepaguá, 20% dos condomínios contam com rede da Cedae já construída.
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