A requalificação de rios, como tratado no post anterior, busca devolver as características naturais do rio, tentando reverter todas as perdas de oportunidade do uso da água geradas por consecutivas intervenções humanas, seja propositalmente, como pontes e retificações, seja indiretamente, pelo impacto da urbanização não planejada.
Por muitos anos a solução tradicional foi a canalização de rios urbanos, aumentando a capacidade do canal e a utilização destes para o transporte de efluentes, a construção de barragens, entre outras soluções, que por algum tempo pareciam ter resolvido os problemas que afetavam as populações. Com o passar do tempo vimos que essas soluções só adiavam um problema, que se tornava ainda maior, e aumentava a degradação dos rios e o risco de enchentes.
Requalificação Fluvial, uma nova visão sobre os rios que vem ganhando espaço como uma nova possibilidade de intervenção para o controle de inundações, englobando aspectos hidrológicos, hidráulicos, morfológicos, de qualidade da água e ecossistêmicos.
A Terra é conhecida como planeta água, tamanha a quantidade desse recurso natural, que ocupa cerca de 70% da sua área. O incrível é que nós também somos formadas por esse líquido na mesma proporção.
Porém, desses 70%, apenas 2,5% é constituído por água doce, que seria o suficiente para abastecer toda a população mundial, se não fosse a poluição das águas, a sua distribuição inadequada e, principalmente, o desperdício.